Como forma de sensibilizar e conscientizar a população sobre a prevenção e o tratamento precoce do HIV/AIDS, a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu no ano de 1988 o Dia Mundial da Luta Contra a Aids que é celebrado no dia 01 de dezembro. Este mesmo mês deu origem a uma campanha de mobilização nacional, iniciada pelo Ministério da Saúde, que é conhecida como Dezembro Vermelho.
A AIDS, Síndrome da imunodeficiência adquirida é uma infecção sexualmente transmitida pelo HIV, Vírus da Imunodeficiência Humana.
Foram muitos os avanços atingidos nos últimos 30 anos de enfrentamento à doença, entretanto, ainda há muito o que ser feito para reduzir a transmissão do vírus da imunodeficiência humana (HIV) causador da Aids.
Segundo a própria ONU, o Brasil segue a contramão do mundo e — em oito anos — teve um aumento de 21% de novos casos, em número absoluto isso representa 53 mil novos casos diagnosticados de portadores do vírus.
Um dos principais fatores que contribuem para a piora do cenário do HIV/AIDS são os tabus envolvidos nessa temática, mesmo com todo avanço da medicina ainda há muito estigma e discriminação ao abordar esse tema.
Pouco se fala sobre os avanços no tratamento para o HIV, uma vez que para as pessoas em geral, viver com o vírus HIV é o mesmo que viver com AIDS, fato de absoluto equívoco.
Em contrapartida, o mesmo avanço na medicina faz com que os jovens, por exemplo, não deem a devida importância ao vírus e por este motivo a contaminação pelo vírus e o desenvolvimento da AIDS tem crescido nessa e em tantas outras faixas etárias.
Hoje em dia, com as terapias antirretrovirais, a pessoa que vive com HIV é capaz de ter uma vida absolutamente normal, uma vez que essa terapia diminui efetivamente as complicações relacionadas às infecções pelo vírus e é capaz de servir também como método de prevenção a transmissão do HIV. Isso porque esses mesmos medicamentos antirretrovirais reduzem a quantidade de vírus circulante no corpo da pessoa vivendo com HIV, fazendo com que esta alcance a chamada “carga viral indetectável”.
Vale ressaltar que pessoas que vivem com HIV com carga viral indetectável têm uma possibilidade insignificante de transmitir o vírus para outra pessoa em relações sexuais desprotegidas.
Através de um tratamento com comprometimento, uma pessoa que vive com HIV tem praticamente a mesma expectativa de vida de uma pessoa que não possui a doença.
Segundo a UNAIDS, Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS, o mundo está atravessando uma crise de prevenção e uma onda de discriminação.
Na mesma proporção que cresce o índice de novos diagnósticos de HIV, cresce também o estigma e a discriminação contra as pessoas que vivem com o vírus e das pessoas que vivem com a AIDS no Brasil.
Um exposto dessa discriminação está nos resultados de um estudo realizado com 1.784 pessoas onde 67% disseram já ter sofrido algum tipo de discriminação.
Pensando nesse cenário, é imprescindível que a abordagem do Dezembro Vermelho na sua empresa seja feita de uma forma responsável para não fomentar os esteriótipos advindos das percepções mais antigas acerca do HIV e da AIDS.
Acabar com essa má percepção, de modo a naturalizar a convivência com pessoas que vivem com HIV, criando relações pautadas em respeito e empatia é uma maneira de conscientizar a população.
Falar sobre um problema é assumir que ele existe e que ele necessita de solução. E a melhor solução, é a prevenção!
Criar campanhas como Dezembro Vermelho é importante para mostrar aos seus colaboradores que a sua empresa valoriza e se importa com a saúde deles!
#PrecisamosFalarSobreIsso