Anualmente, milhares de profissionais são afastados do seu posto de trabalho por problemas de saúde.
Essa ausência, além de afetar a saúde e a qualidade de vida do profissional, pode trazer inúmeros prejuízos para a empresa.
Você sabe quem são os profissionais que mais são afastados pelo INSS?
Para a realização deste texto foram analisadas as ocupações mais comumente vitimadas por afastamentos do tipo acidentário (B91) e não acidentário (B31), levando em consideração o universo de trabalhadores com vínculo empregatício.
Os dados foram analisados no período entre os anos de 2012 e 2018, levando em conta as diferenças entre os benefícios acidentários e não acidentários para assim determinar quais os profissionais que mais são afastados pelo INSS.
O B31 é o benefício concedido aos trabalhadores que estão impedidos de realizar suas funções por acidentes ou doenças não relacionadas ao exercício laboral.
Os profissionais que mais são afastados pelo INSS por B31 são:
O primeiro lugar dos afastamentos não acidentários é representado pelos trabalhadores da área de administração pública em geral, somando um total de 235 mil casos de afastamentos.
O segundo lugar é representado pelos faxineiros que compõe um total de 281 mil casos de afastamentos por doenças ou acidentes não relacionados ao trabalho.
O terceiro lugar é representado por todos os profissionais que atuam como alimentadores de linha de produção, profissão que está em constante crescimento, mas que é suscetível à inúmeras condições que levam ao afastamento pelo INSS. Tiveram um total de 235 mil casos.
Outro setor significativo na lista de afastamentos fica por conta dos profissionais que atuam como auxiliares de escritório. Com 222 mil casos registrados, esse grupo de profissionais ocupa o quarto lugar entre as principais profissões que são afastadas pelo INSS.
O B91 é o benefício cedido ao trabalhador que sofreu um acidente ou que está com alguma doença que o impede de exercer suas atividades de trabalho.
Esse acidente/doença está diretamente ligado ao trabalho, portanto trata-se de um acidente ou uma doença ocupacional que afetam significativamente na redução da produtividade em diversos setores econômicos de sua empresa.
Ocupando o primeiro lugar entre as profissões que mais afastam pelo INSS, os alimentadores de linha de produção são os recordista de afastamento por LER – Lesões por Esforços Repetitivos e DORT – Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho, complicações essas que podem ocasionar incapacidade funcional ao profissional.
Em segundo lugar estão os motoristas de caminhão com 43 mil casos de afastamento acidentário. Sua exposição constante à situações de estresse e risco de acidentes automobilísticos podem ser indicativos do porque essa categoria ocupa o segundo lugar no ranking.
Os serventes de obras ocupam o terceiro lugar com 40 mil casos de profissionais que são afastados pelo INSS.
Profissão que exige atividades repetitivas, ocupa um grande destaque na lista de afastamentos por LER e DORT, além da grande exposição à ruídos, riscos de queda e acidentes por falta de uso de EPI’s – Equipamentos de proteção individual.
Também um dos principais responsáveis pelo afastamento por LER, os faxineiros ocupam o quarto lugar com um total de 36.566 casos de afastamentos acidentários.
Os riscos ocupacionais, incluindo acidentes e doenças ocupacionais, marcam um dos grandes problemas encontrados na SST – Saúde e Segurança do Trabalhador. Seja por negligência, por pouco investimento no setor, por más condições estruturais ou pelo não cumprimento de protocolos importantes, todas acabam gerando graves danos à saúde ou à integridade física do profissional e levam a determinação dos profissionais que mais são afastados pelo INSS no Brasil.
A melhor forma de evitar acidentes e doenças de trabalho é elaborando campanhas de prevenção e propiciando maior qualidade de vida aos seus funcionários!
Fique atento às principais profissões de risco da sua empresa e aos profissionais que mais são afastados pelo INSS!
Os dados foram obtidos através da plataforma SmartLab, que foi desenvolvida a partir dos dados encontrados no Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho do Brasil. Ela busca desenhar um panorama da concessão de benefícios previdenciários concedidos aos afastamentos pelo INSS dentro do território nacional, segmentando os dados por setores, cargos, estado e por município, e assim, facilitando demais a consulta por tais informações.