Segundo o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho do Ministério Público, no ano de 2017 foram registrados 574 mil acidentes de trabalho dos quais, aproximadamente, 2 mil resultaram em mortes acidentárias. O pior é que este número pode não refletir a realidade.
Como muitos casos não são notificados, ele tende a ser ainda maior!
Os riscos ocupacionais, incluindo acidentes e doenças ocupacionais, marcam um dos grandes problemas encontrados na SST – Saúde e Segurança do Trabalhador.
Seja por negligência, por pouco investimento no setor, por más condições estruturais ou pelo não cumprimento de protocolos importantes, todas acabam gerando graves danos à saúde ou à integridade física do profissional.
Entretanto, engana-se quem acha que é apenas o trabalhador quem sofre com os prejuízos gerados pelos acidentes. Estes acidentes afetam diretamente a economia da empresa gerando custos com absenteísmo, queda na produtividade, impacto direto no lucro mensal, aumento no FAP, entre outros diversos impactos negativos para o negócio. Portanto, manter um ambiente livre de riscos ocupacionais é de interesse mútuo, tanto do empregador, quanto do empregado.
A melhor maneira de combater esses riscos é elaborar ações preventivas de segurança através da identificação dos riscos em que cada empresa está exposta. Mesmo com as peculiaridades operacionais de cada setor, é possível mapear tais riscos ocupacionais a partir da atividade fim exercida pela empresa.
O pontapé inicial para este mapeamento é analisar cada área da empresa através das seguintes perspectivas: exposição à riscos químicos, físicos, biológicos, ergonômicos ou acidentais. A partir destas análises, cria-se uma subdivisão das áreas da empresa em: áreas com riscos operacional, comportamental ou ambiental. E, com isto em mãos, cabe ao RH ou ao time de SST criar políticas estratégicas de combate aos riscos laborais.
De responsabilidade da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – esse mapeamento é feito da seguinte maneira:
Riscos Físicos: mapeamento de risco para os funcionários expostos à ruído, calor, frio, pressões, umidade, radiações (ionizantes ou não) e vibrações.
Riscos Químicos: mapeamento de risco para os funcionários expostos à poeiras, fumo, gases, vapores, névoas, neblinas, substâncias compostas ou produtos químicos em geral.
Riscos Biológicos: mapeamento de risco para os funcionários expostos à fungos, vírus, parasitas, bactérias, protozoários e bacilos.
Riscos Ergonômicos: mapeamento de risco para os funcionários expostos à
esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade e outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico.
Riscos de Acidentes: mapeamento de risco para os funcionários expostos à arranjo físico inadequado, iluminação inadequada, probabilidade de incêndio e explosão, eletricidade, máquinas e equipamentos sem proteção, armazenamento inadequado, quedas e animais peçonhentos.
A melhor forma de evitar acidentes e doenças de trabalho é elaborando e seguindo campanhas de prevenção!
Fique atento às possíveis situações de risco.