Como muitos casos não são notificados, ele tende a ser ainda maior!
Os riscos ocupacionais, incluindo acidentes e doenças ocupacionais, marcam um dos grandes problemas encontrados na SST – Saúde e Segurança do Trabalhador.
Seja por negligência, por pouco investimento no setor, por más condições estruturais ou pelo não cumprimento de protocolos importantes, todas acabam gerando graves danos à saúde ou à integridade física do profissional.
Entretanto, engana-se quem acha que é apenas o trabalhador quem sofre com os prejuízos gerados pelos acidentes. Estes acidentes afetam diretamente a economia da empresa gerando custos com absenteísmo, queda na produtividade, impacto direto no lucro mensal, aumento no FAP, entre outros diversos impactos negativos para o negócio. Portanto, manter um ambiente livre de riscos ocupacionais é de interesse mútuo, tanto do empregador, quanto do empregado.
Então, qual a melhor forma de prever os riscos acidentários ocupacionais?
A melhor maneira de combater esses riscos é elaborar ações preventivas de segurança através da identificação dos riscos em que cada empresa está exposta. Mesmo com as peculiaridades operacionais de cada setor, é possível mapear tais riscos ocupacionais a partir da atividade fim exercida pela empresa.
O pontapé inicial para este mapeamento é analisar cada área da empresa através das seguintes perspectivas: exposição à riscos químicos, físicos, biológicos, ergonômicos ou acidentais. A partir destas análises, cria-se uma subdivisão das áreas da empresa em: áreas com riscos operacional, comportamental ou ambiental. E, com isto em mãos, cabe ao RH ou ao time de SST criar políticas estratégicas de combate aos riscos laborais.
Riscos Físicos: mapeamento de risco para os funcionários expostos à ruído, calor, frio, pressões, umidade, radiações (ionizantes ou não) e vibrações.
Riscos Químicos: mapeamento de risco para os funcionários expostos à poeiras, fumo, gases, vapores, névoas, neblinas, substâncias compostas ou produtos químicos em geral.
Riscos Biológicos: mapeamento de risco para os funcionários expostos à fungos, vírus, parasitas, bactérias, protozoários e bacilos.
Riscos Ergonômicos: mapeamento de risco para os funcionários expostos à esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade e outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico.
Riscos de Acidentes: mapeamento de risco para os funcionários expostos à arranjo físico inadequado, iluminação inadequada, probabilidade de incêndio e explosão, eletricidade, máquinas e equipamentos sem proteção, armazenamento inadequado, quedas e animais peçonhentos.
Além do mapeamento, outros modos de prevenção de acidentes são:
Participar efetivamente das Semanas Internas de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT);
Realizar todos os treinamentos de segurança ofertados pela empresa; ou cobrar, caso eles não ocorram;