Neste artigo, abordaremos a conservação auditiva no trabalho, discutindo o Programa de Conservação Auditiva, normas de proteção e avaliação médica, e estratégias de gestão. Exploraremos como lidar com problemas auditivos em funcionários e medidas preventivas, além das responsabilidades de um programa bem elaborado.
O Programa de Conservação Auditiva (PCA), também chamado de Programa de Prevenção de Perdas Auditivas (PPPA), corresponde a um conjunto de atividades que visam prevenir ou estabilizar as perdas auditivas ocupacionais.
Esse programa foi desenvolvido com o cumprimento da legislação trabalhista e previdenciária, em harmonia com os programas PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional e PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
A Norma Regulamentadora 9 (NR-9) do PPRA é quem rege as determinações da conservação auditiva e estabelece as ações de prevenção quando a dose de exposição do funcionário a um determinado ruído é ultrapassada.
Já a Norma Regulamentadora 7 (NR-7), que diz sobre o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), é a responsável por estabelecer as diretrizes e os parâmetros mínimos para avaliação e acompanhamento da audição dos trabalhadores expostos a níveis de pressão sonora elevados por meio da realização de exames audiológicos de referência e sequenciais a fim de prevenir a progressão da perda auditiva do trabalhador acometido à doses superiores ao estabelecido pela legislação.
Cuidar da saúde auditiva dos colaboradores vai muito além de realizar audiometrias. Uma gestão eficiente das avaliações auditivas é peça-chave no Programa de Conservação Auditiva (PCA), pois permite acompanhar a real condição auditiva dos funcionários e agir preventivamente.
Para isso, é importante considerar alguns 4 pontos essenciais:
Uma gestão bem estruturada não apenas previne danos auditivos, mas também garante que a empresa esteja em conformidade com as normas de saúde ocupacional. No fim, investir nessa organização significa mais qualidade de vida para os colaboradores e um ambiente de trabalho mais seguro.
Quando um funcionário apresenta problemas auditivos, é crucial que a gestão de diagnósticos audiológicos seja realizada.
Os 4 primeiros passos dessa etapa são:
Para estabelecer o vínculo ocupacional em casos de perdas auditivas, é necessário incluir:
Após confirmar o diagnóstico de perda auditiva do funcionário e a constatação da relação ocupacional você deverá notificar o órgão responsável com a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT), de acordo com a legislação trabalhista e previdenciária.
Para evitar que os funcionários desenvolvam problemas auditivos, é essencial implementar um programa de educação, capacitação e motivação para todos os trabalhadores expostos a níveis de ruído iguais ou superiores ao nível de ação.
Isso deve incluir a participação ativa dos trabalhadores por meio de orientações, cursos, reuniões, formação de comissões, debates e participação em eventos.
Ademais, é importante adotar estratégias como o uso de equipamentos menos ruidosos, instalação de barreiras acústicas, aumento da distância em relação à fonte de ruído, redução do tempo de exposição e revezamento dos trabalhadores nas mesmas atividades.
As responsabilidade de um PCA bem elaborado, incluem:
Ao final deste artigo, é importante refletir sobre a eficácia do Programa de Conservação Auditiva em sua empresa. Pergunte-se:
⚪ Estamos realizando avaliações auditivas regulares e acompanhando a saúde auditiva de nossos colaboradores de forma eficaz?
⚪ Nossos funcionários estão devidamente treinados e conscientes sobre a importância do uso correto dos EPI's?
⚪ Estamos adotando todas as medidas possíveis para minimizar a exposição ao ruído no ambiente de trabalho?
Essas reflexões são essenciais para garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável, promovendo o bem-estar de todos os colaboradores.