A telemedicina é uma importante ferramenta no combate aos diversos desafios do sistema de saúde. No Brasil, o 5º maior país em termos de abrangência territorial, com baixa concentração de médicos em locais periféricos e cuja saúde pública é extremamente ineficiente, a telemedicina é uma grande aliada na luta pela democratização do acesso aos mais necessitados.
Mesmo havendo muita discussão entre a comunidade médica sobre a legalidade e eficácia desse tipo de serviço, são muitos os votos favoráveis à aprovação desse suporte.
O uso da tecnologia como aliada à saúde pode ser muito bem vinda, desde que siga os preceitos básicos da ética médica. Se bem aplicada, ela poderá ser uma excelente ferramenta não só para as instituições de saúde, mas também para todos os profissionais de saúde e seus pacientes.
Dentro do setor de saúde ocupacional não é diferente. A adoção da telemedicina aumentará a abrangência dos serviços prestados no setor e como resultado, gerará uma inevitável redução de custos.
Imagine um cenário em que funcionários de uma mineradora estejam no meio da mata, no interior, a quilômetros de distância da cidade. Agora imagine todos os custos gerados por absenteísmo, queda na produção, desgaste físico do trabalhador e toda a mobilização necessária para um atendimento de saúde em casos acidentários ou de adoecimento?
A falta de otimização de gastos e recursos nestas e em outras situações reflete diretamente nos benefícios cedidos aos colaboradores. Benefícios estes, que muitas vezes são cessados por justificativas torpes como “falta de verba”, uma vez que gastos orçamentários com a saúde ocupacional acabaram extrapolando a previsão.
Além de todo este custo direto, em situações extremas como esta, os funcionários e a empresa estão sujeitos ao tratamento de profissionais desconhecidos, o que gera riscos ainda maiores à todos os envolvidos.
Com a telemedicina, esse cenário tende a mudar. Equipes médicas poderão avaliar as queixas e os problemas de saúde à distância, determinando as necessidades reais de tratamento para esses colaboradores, como exemplificado acima.
Será deste modo, utilizando a tecnologia como artifício, que o trabalhador receberá atendimento adequado sem necessidade de grandes deslocamentos, de forma mais rápida e efetiva e com uma redução significativa dos custos para a empresa.
Para exemplificar, veja abaixo os principais benefícios que a telemedicina pode trazer para a saúde ocupacional:
Diminuição do absenteísmo, seja por consultas eletivas ou afastamentos por doença/acidente. O trabalhador não precisa se deslocar para receber atendimento médico.
Redução do tempo de ausência no posto de trabalho, gerando maior produtividade.
Fácil acesso à lugares distantes ou considerados de difícil acesso, quebrando barreiras geográficas.
Diminuição de gastos desnecessários com infraestruturas de serviços à saúde.
Economia com contratação de vários especialistas, um para cada pólo.
Maior acuracidade no atendimento alcançada através do compartilhamento sigiloso de informações médicas entre profissionais da área por vídeo ou web conferência.
Acesso online aos laudos ocupacionais, facilitando a integração de dados pelo corpo clínico.
Agilidade na entrega de laudos técnicos, diminuindo tempo de espera e consequentemente reduzindo custos extras.
Análise remota de exames feitos pela equipe de saúde multidisciplinar.
Banco de dados virtual para armazenamento de laudos e imagens por tempo indeterminado, sem riscos de perda ou danificação de documentos.
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