Bem-estar no trabalho

Riscos Ocupacionais: Como identificá-los e reduzir danos nas empresas

Descubra o que são riscos ocupacionais, seus tipos e como reduzir danos no ambiente de trabalho com ações eficazes de prevenção e segurança.


 

Todos os dias, milhões de trabalhadores são expostos a situações que, muitas vezes, passam despercebidas, mas que representam riscos sérios à saúde, à segurança e à produtividade.

Entender o que são riscos ocupacionais e como identificá-los é o primeiro passo para promover um ambiente de trabalho mais seguro e eficiente, além de garantir conformidade com a legislação trabalhista e evitar prejuízos.

  1. O que são riscos ocupacionais?
  2. Como identificar e controlar riscos ocupacionais?
  3. Boas Práticas para Reduzir os Riscos Ocupacionais nas Empresas

O que são riscos ocupacionais?

Os riscos ocupacionais são todos os agentes ou situações presentes no ambiente de trabalho que podem causar danos à saúde física, mental ou social dos trabalhadores.

Esses riscos, quando não identificados e controlados adequadamente, podem resultar em acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, afastamentos e até mesmo em processos judiciais e penalidades legais para as empresas.

No Brasil, o tema é amplamente regulamentado por um conjunto de normas, sendo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e as Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho as principais referências.

A NR 01 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, por exemplo, exige que todas as empresas realizem a identificação, avaliação e controle de riscos ocupacionais, por meio do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).

Além disso, a NR 09, que trata da avaliação e controle da exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, e a NR 07, que institui o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), reforçam a importância da prevenção como obrigação legal e estratégica. O descumprimento dessas normas pode acarretar multas, interdições e responsabilidades civis e criminais para os empregadores.

Portanto, mais do que uma boa prática, a gestão dos riscos ocupacionais é um dever legal e ético, essencial para preservar a saúde dos colaboradores e a sustentabilidade da operação empresarial. A adoção de medidas preventivas é o primeiro passo para construir ambientes de trabalho seguros, saudáveis e produtivos.

Tipos de riscos ocupacionais

Os riscos ocupacionais são classificados em cinco categorias principais, conforme as normas da segurança do trabalho:

Imagem representando um esquema com os 5 tipos de riscos ocupacionais, senod eles: físicos, quíomicos,biológicos, ergonômicos e mecânicos e de acidentes

1. Riscos físicos

Incluem exposição a ruídos, vibrações, radiações, temperaturas extremas, pressão anormal, entre outros. Um exemplo comum é o trabalho em ambientes com muito barulho, como fábricas.

2. Riscos químicos

Referem-se à exposição a substâncias químicas perigosas, como gases, vapores, poeiras e produtos tóxicos. São frequentes em indústrias químicas, laboratórios e setores de limpeza.

3. Riscos biológicos

Envolvem o contato com vírus, bactérias, fungos e parasitas. Profissionais da saúde, como médicos e enfermeiros, estão entre os mais expostos.

4. Riscos ergonômicos

Relacionam-se a condições inadequadas de trabalho que afetam o bem-estar físico e mental, como má postura, repetitividade de movimentos e jornadas excessivas.

5. Riscos mecânicos e de acidentes

Envolvem o uso de máquinas sem proteção, quedas, cortes, choques elétricos, entre outros. São comuns em obras e ambientes industriais.

A importância da gestão dos riscos ocupacionais

Gerenciar os riscos ocupacionais não é apenas uma exigência legal, é uma medida estratégica que impacta diretamente os indicadores da empresa. Reduzir acidentes e afastamentos significa:

      • Menor absenteísmo

      • Redução de custos com saúde e indenizações

      • Maior produtividade e engajamento

      • Cumprimento da legislação trabalhista

Além disso, empresas que investem em segurança e saúde ocupacional constroem uma imagem mais positiva e responsável no mercado.

Como identificar e controlar riscos ocupacionais?

A identificação de riscos ocupacionais é o primeiro e mais importante passo para garantir ambientes de trabalho seguros e saudáveis. Nenhuma medida de prevenção ou controle será eficaz se os riscos não forem devidamente reconhecidos.

A partir de uma identificação bem-feita, a empresa pode avaliar, priorizar e tratar os perigos que colocam em risco a integridade física e mental dos colaboradores.

Por que identificar riscos ocupacionais?

A não identificação de riscos pode resultar em:

      • Acidentes de trabalho

      • Doenças ocupacionais

      • Afastamentos e perda de produtividade

      • Multas e sanções legais

      • Prejuízo à imagem da empresa

Já uma boa identificação permite decisões estratégicas para proteger pessoas, otimizar processos e economizar recursos.

Etapas para uma identificação eficaz de riscos ocupacionais

1. Conhecimento das atividades e processos

O ponto de partida é o entendimento profundo sobre as atividades desenvolvidas pela equipe: tarefas, materiais utilizados, máquinas e ferramentas, fluxo de trabalho, postura adotada e ambiente físico. Isso permite mapear onde podem surgir riscos.

2. Inspeções e observações no local de trabalho

A observação direta é uma das formas mais eficazes de identificação. Visitas técnicas aos postos de trabalho ajudam a reconhecer situações perigosas que nem sempre estão documentadas.

3. Entrevistas e escuta ativa dos trabalhadores

Os próprios colaboradores são fontes valiosas de informação. Ao ouvir suas percepções sobre desconfortos, dificuldades e incidentes já vivenciados, a equipe de Saúde e segurança do trabalho pode identificar riscos que passariam despercebidos em uma análise puramente técnica.

4. Análise de documentos e registros anteriores

A investigação de acidentes, laudos técnicos, exames médicos ocupacionais, histórico de afastamentos e relatórios de auditorias anteriores pode revelar riscos recorrentes ou negligenciados.

5. Uso de ferramentas específicas

Algumas ferramentas auxiliam no processo de identificação de forma sistematizada:

      • Mapa de Riscos
        Representação visual dos riscos por setor, categorizados por tipo e intensidade.

      • APR (Análise Preliminar de Riscos)
        Avalia os perigos de cada atividade antes da sua execução, especialmente útil em obras e tarefas críticas.

      • Listas de verificação (checklists)
        Guias padronizados que ajudam a não esquecer nenhum aspecto relevante da análise.

      • Laudos técnicos e medições ambientais
        Como o LTCAT, PPRA (substituído pelo PGR) e avaliações quantitativas de agentes físicos, químicos e biológicos.

Trabalhador na sua rotina de trabalho, executando suas atribuições em uma industria , utilizanod EPIs para diminuição dos riscos ocupacionais

Boas Práticas para Reduzir os Riscos Ocupacionais nas Empresas

Garantir a segurança e a saúde dos colaboradores vai além do cumprimento legal, é uma estratégia essencial para melhorar o desempenho organizacional, reduzir custos com afastamentos e fortalecer a cultura de prevenção. A seguir, veja as principais boas práticas para reduzir os riscos ocupacionais de forma eficaz e contínua.

1. Mapeamento e identificação dos riscos

Como dito anteriormente, antes de qualquer ação, é fundamental identificar os perigos presentes no ambiente de trabalho. Isso deve ser feito por meio de inspeções, observações, entrevistas com colaboradores e análises de documentos como o PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos). O uso de ferramentas como o Mapa de Riscos ajuda a visualizar, por setor, os principais agentes de risco.

2. Classificação e avaliação dos riscos

Após identificar os perigos, é necessário avaliar o grau de risco de cada um, considerando a probabilidade de ocorrência e a gravidade dos possíveis danos. Essa etapa permite estabelecer prioridades de intervenção, evitando desperdício de recursos e falhas no controle.

3. Implementação de medidas de controle

Com base na avaliação, devem ser aplicadas as medidas de controle adequadas. Elas podem ser:

      • Eliminação ou substituição da fonte de risco (controle na origem)

      • Adoção de proteções coletivas (como enclausuramento de máquinas e ventilação)

      • Adequações ergonômicas nos postos de trabalho

      • Implantação de procedimentos operacionais seguros

      • Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), quando necessário

4. Capacitação e treinamento contínuo

Treinamentos regulares sobre segurança do trabalho, uso correto de EPIs, prevenção de acidentes e ergonomia são essenciais para manter a equipe consciente e engajada. É importante que os conteúdos sejam atualizados conforme os riscos identificados e mudanças nas atividades.

5. Promoção da cultura de segurança

Criar um ambiente onde a segurança é valorizada por todos fortalece a prevenção. Isso envolve:

      • Comunicação clara e frequente sobre práticas seguras

      • Envolvimento da liderança no exemplo e incentivo

      • Estímulo à participação dos colaboradores na identificação de melhorias

      • Reconhecimento de comportamentos seguros

6. Monitoramento e revisão periódica

A prevenção de riscos ocupacionais exige um processo cíclico e contínuo. É necessário monitorar indicadores, realizar auditorias internas e revisar periodicamente os programas de SST (como PGR e PCMSO), especialmente após acidentes, quase-acidentes ou mudanças nas atividades.

7. Integração com a saúde ocupacional

A integração entre as ações de segurança e os dados de saúde dos trabalhadores, como exames médicos periódicos, queixas recorrentes e histórico de afastamentos, permite uma atuação mais proativa e eficaz na redução de riscos, especialmente os relacionados a ergonomia e fatores psicossociais.

O controle de riscos ocupacionais é um dos pilares da segurança no trabalho. Ao adotarem práticas preventivas, as empresas não apenas protegem seus colaboradores, como também aumentam sua eficiência operacional e reputação institucional.

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