O que é absenteísmo? Saiba mais e descubra formas de resolvê-lo

O absenteísmo às vezes é visto como vilão de um negócio ou ofensor de uma corporação. E embora realmente seja um problema em vários casos, ele pode ser resolvido. O absenteísmo tem várias formas e é importante conhecê-las para lidar com o assunto.

Neste conteúdo, você vai encontrar:

1. Afinal, o que é absenteísmo?
2. Tipos de Absenteísmo e a diferença para turnover

3. Como resolver ou diminuir o absenteísmo?

Afinal, o que é absenteísmo?

Faltar no trabalho algumas vezes pode ser encarado como um sinal de desinteresse. É claro que existem motivos genuínos para se ausentar, como questões médicas. Mas quando é recorrente, o empregador deve ficar atento.

A atenção é necessária porque a falta frequente de um funcionário, ou muitas faltas em um mesmo setor, podem afetar o funcionamento da empresa. A área de recursos humanos deve estar de olho nessa questão. A depender do porte e tamanho da empresa, outros departamentos também são envolvidos.

Segundo o professor e historiador Idalberto Chiavenato, referência no assunto de recursos humanos e administração de pessoas, o absenteísmo é a soma dos períodos em que os empregados de uma determinada organização se encontram ausentes do trabalho, não sendo a ausência motivada por desemprego, doença prolongada ou licença legal.

Ou seja, todo e qualquer motivo para qual um trabalhador não esteja cumprindo a sua jornada de trabalho conta para o índice de absenteísmo da empresa. Salvo condições previstas em lei ou regulamentadas por convenção coletiva daquele ramo de atividade econômica.

Tipos de Absenteísmo e a diferença para turnover

Em alguns casos, o absenteísmo é confundido com o termo turnover. Turnover é a rotatividade de funcionários. Ou seja, ele é a taxa com que o capital humano da empresa muda, contabilizando contratações e demissões para gerar esse indicador. 

Absenteísmo é uma ausência, seja programada ou não. Se distingue entre grupos principais que podem indicar o fator comum dessas faltas na equipe ou na empresa como um todo.

O absenteísmo programado é onde o colaborador comunica previamente ao empregador que não estará disponível naquele dia ou período de trabalho, já antevendo uma possível falta e permitindo que o empregador consiga repor e minimizar os impactos de falta daquele indivíduo.

O absenteísmo injustificado, por outro lado, acontece quando não há uma formalização prévia do colaborador e não há justificativa formal, levando a empresa a se ajustar de última hora para a realização das demandas daquele indivíduo. Pode ser motivado por questões pessoais, como falta de interesse do funcionário, questões particulares não resolvidas, ou mesmo algum impasse entre as partes.

Em alguns casos, também ocorre o presenteísmo. Nesse caso, o colaborador está no ambiente de trabalho, porém não está trabalhando de fato. Geralmente está distraído com demandas externas que o afligem. Sejam de ordem social, familiar, econômica ou até mesmo de relacionamento interpessoal com seus pares ou líderes dentro da empresa.

Muitos especialistas consideram um absenteísmo de 2 a 4% um índice saudável. Mas o ideal é olhar esse número de acordo com o seu setor, pois ele tende a variar bastante. No texto a seguir, você encontra resultados de um estudo da Closecare de 2023 sobre o assunto: Absenteísmo: Guia Definitivo para Empresas.

Como resolver ou diminuir o absenteísmo?

Como visto anteriormente, existem várias definições sobre absenteísmo, diversos tipos e consequências. O ideal é monitorar de perto os indicadores de ausência para entender o que está acontecendo com os funcionários. Assim é possível atuar nas causas ao longo do tempo.

É um trabalho que começa aos poucos e vai tomando forma assim que é identificado o tipo, a causa e a razão das faltas. Só assim é possível agir nas circunstâncias certas e trazer o colaborador de volta ao ambiente de trabalho de forma saudável.

É importante entender que o trabalho tem dois lados: O colaborador, que pode estar insatisfeito com alguma questão da empresa. Ou pode estar com problemas pessoais ou saúde, seja física ou mental.

Também temos o lado do empregador, que deve identificar o que está acontecendo na empresa e criar programas e ações internas para melhorar o que precisa ser ajustado para uma melhor convivência.

No caso de um colaborador que é absenteísta recorrente, o primeiro passo é verificar o que está acontecendo e conversar com ele sobre o ocorrido, se assim for o desejo da pessoa. Muitas das vezes, o diálogo é a chave para resolução e encontro de uma solução.

O Clima Organizacional impacta no Absenteísmo

Uma empresa com um bom clima organizacional tende a ter menores índices de absenteísmo. Falamos sobre isso na 5ª edição do Close Experts, nosso bate-papo mensal com especialistas: Assista à gravação. A seguir, vamos explorar alguns caminhos que podem apoiar na melhoria do clima.

A promoção de ações de saúde mental é um caminho que pode gerar melhoria nos índices. Afinal, sabemos que esse é um fator que aflige muitas pessoas atualmente.

Em 2024, foram registrados mais de 470 mil afastamentos por saúde mental no Brasil. Esse número representa um aumento de 60% em relação ao ano anterior. Isso mostra como é importante manter um programa de suporte, ajuda psicológica e ações de bem-estar.

Uma cultura de feedbacks e canal aberto com os funcionários ajuda não só a diminuir o absenteísmo gerado por insatisfação, como pode ajudar a detectar outros pontos de melhoria. Ambientes mais dinâmicos, como, por exemplo, com horários flexíveis, também tendem a melhorar o engajamento dos funcionários.

Planos de desenvolvimento de carreira também são uma opção para engajar o funcionário por se sentir mais realizado. Além de despertar na pessoa mais vontade de continuar crescendo profissionalmente. Pois definir metas pessoais e torná-las realidade por meio de processos seletivos ou promoções pode mudar o panorama e perspectiva de vida daquele colaborador.

Identificando e agindo em todos os pontos mencionados, pode-se mitigar os índices de absenteísmo no ambiente de trabalho e deixar o colaborador mais à vontade para desempenhar a função para o qual foi contratado.

E também ganha a empresa, que recebe um colaborador motivado a desempenhar seu trabalho com eficiência e com a saúde física e mental em ordem. Para que assim, traga melhores resultados tanto no campo pessoal como no campo profissional.