O primeiro passo para conseguir reduzir o absenteísmo de uma empresa é construir uma boa análise de dados, buscando entender as principais causas de ausências dos colaboradores, e então traçar objetivos, indicadores, metas e planos de ação que se correlacionam.
O absenteísmo é um dos indicadores mais relevantes na gestão de pessoas. Quando colaboradores faltam ao trabalho, seja por motivos de saúde, pessoais ou até mesmo por falta de engajamento, toda a organização sente os impactos.
Empresas com altos índices de absenteísmo enfrentam queda de produtividade, aumento de custos operacionais e sobrecarga das equipes. Por isso, criar uma estratégia sólida de redução do absenteísmo não é apenas uma ação de RH, mas sim uma prioridade estratégica de negócio.
Para que esse processo seja eficaz, é fundamental olhar para diferentes perspectivas: entender o cenário do seu setor, definir objetivos, criar indicadores, estabelecer metas claras e desenvolver ações consistentes.
Qual o absenteísmo médio das empresas por setor?
Um erro comum das empresas é analisar o absenteísmo apenas de forma geral, sem considerar as diferenças entre áreas e funções, e mais do que isso, entende a realidade do seu tipo de negócio. Cada setor possui características próprias, que influenciam diretamente nos índices de faltas.
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E mais do que apenas analisar as médias, compreender as principais causas recorrentes em cada tipo de atividade é um fator essencial para reduzir o absenteísmo. Empresas de um mesmo setor tendem, em grande parte, a apresentar CIDs semelhantes que resultam em afastamentos. Entre os mais comuns, podemos destacar:
Indústria
- A09: Diarreia e gastroenterite
- M545: Lombalgia (dor lombar)
- J069: Infecção aguda das vias respiratórias superiores, não especificada
- J11: Influenza (gripe), vírus não identificado
- J00: Resfriado comum / Rinofaringite aguda
Varejo
- A09: Diarreia e gastroenterite
- M545: Lombalgia (dor lombar)
- J00: Resfriado comum / Rinofaringite aguda
- J069: Infecção aguda das vias respiratórias superiores, não especificada
- R51: Cefaleia (dor de cabeça)
Telecomunicação
- A09: Diarreia e gastroenterite
- J069: Infecção aguda das vias respiratórias superiores, não especificada
- F411: Transtorno de ansiedade generalizada
- R51: Cefaleia (dor de cabeça)
- J00: Resfriado comum / Rinofaringite aguda
Serviços
- A09: Diarreia e gastroenterite
- M545: Lombalgia (dor lombar)
- J069: Infecção aguda das vias respiratórias superiores, não especificada
- J00: Resfriado comum / Rinofaringite aguda
- A90: Dengue (clássica)
Saúde
- A09: Diarreia e gastroenterite
- J069: Infecção aguda das vias respiratórias superiores, não especificada
- M545: Lombalgia (dor lombar)
- J00: Resfriado comum / Rinofaringite aguda
- R51: Cefaleia (dor de cabeça)
Como entender quais são meus objetivos na gestão de absenteísmo?
Depois de mapear o absenteísmo na sua organização, é hora de refletir: o que exatamente quero alcançar com minha estratégia de redução de ausências?
Muitos gestores caem na armadilha de definir como objetivo apenas “reduzir o índice geral de faltas”. Esse é um caminho válido, mas pouco estratégico. Os objetivos precisam estar conectados à realidade da empresa e às prioridades de negócio.
Na sua empresa, você pode querer diminuir os custos do absenteísmo, uma vez que as ausências dos colaboradores vem trazendo um impacto financeiro na sua organização, em outras realidades, pode-se buscar a redução do absenteísmo em si, que pode estar impactando a produtividade.
Em situações específicas, a análise pode focar em setores distintos ou em determinados CIDs. Tudo depende da realidade da empresa, por isso é essencial compreender o cenário.
Definir os objetivos é como escolher o destino antes de traçar a rota. Sem isso, qualquer iniciativa pode parecer útil, mas dificilmente será eficaz.

Como construir indicadores para gestão de absenteísmo?
Depois de ter clareza sobre seus objetivos, chega o momento de transformá-los em números mensuráveis. É aqui que entram os indicadores de absenteísmo. Esses devem estar atrelados ao seu objetivo, entendendo sua evolução
O principal indicador é a Taxa de Absenteísmo, calculada pela fórmula:
Taxa de absenteísmo = (número de horas de ausência ÷ número de horas de trabalho previstas) x 100
Esse é o dado de partida, mas ele pode (e deve) ser detalhado em outros recortes:
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Absenteísmo por setor ou área.
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Absenteísmo por tipo de ausência (doença, falta injustificada, questões pessoais).
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Absenteísmo por CID (quando se fala em atestados médicos).
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Absenteísmo por colaborador ou cargo.
Além disso, vale acompanhar indicadores complementares, como:
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Custo do absenteísmo: valor gasto com horas extras, substituições e perdas de produtividade.
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Tempo médio de ausência por colaborador.
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Reincidência: quantos colaboradores concentram múltiplas ausências.
Esses indicadores serão o termômetro da sua estratégia, permitindo medir avanços e ajustar ações quando necessário.
Mas sempre se lembre, os seus indicadores precisam refletir seus objetivos, então se por exemplo você busca reduzir o impacto das doenças mentais no absenteísmo, seus indicadores podem ser:
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- Absenteísmo por doenças mentais
- Quantidade de funcionários com doença mental
- Quantidade de funcionários afastados por doença mental
Assim, entendemos se as ações que serão impactadas trazem resultados nas dores reais que você pretende sanar.
Como estabelecer metas realistas para a gestão de absenteísmo?
Ter indicadores é essencial, mas eles só fazem sentido quando transformados em metas claras e alcançáveis. Uma boa estratégia para construir boas metas, é utilizar de metas SMART.
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Algumas outras dicas são:
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Seja realista: se o índice atual de absenteísmo é 6%, não adianta estabelecer meta de reduzir para 1% em poucos meses. Uma meta factível poderia ser reduzir para 4% no primeiro ano.
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Considere diferenças entre setores: setores de maior risco ou pressão tendem a ter metas diferentes dos administrativos.
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Comunique as metas: líderes e equipes precisam conhecer os objetivos para se engajar no processo, compartilhem com eles as metas, assim elas serão de toda a equipe e não somente suas.
Com metas bem definidas, a empresa cria um norte claro e consegue acompanhar resultados de forma concreta.
Quais ações devo tomar para reduzir o absenteísmo?
Definidos objetivos, indicadores e metas, chega o momento de colocar a estratégia em prática. As ações devem ser coerentes com as causas identificadas no diagnóstico e alinhadas às particularidades do seu setor.
Por exemplo, se a partir das suas análises você percebeu que grande parte do seu absenteísmo vem por meio de doenças do CID M (Doenças do Sistema Musculoesquelético), não faria sentido implementar um programa de saúde mental, mas trabalhar uma melhor ergonomia no ambiente de trabalho sim, logo suas ações precisam estar correlacionadas com as causas raízes do seu absenteísmo.
Aqui estão algumas iniciativas práticas:
1. Saúde e bem-estar
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Implantar programas de qualidade de vida (ginástica laboral, campanhas de prevenção, apoio psicológico).
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Criar políticas de ergonomia e acompanhamento médico ocupacional.
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Incentivar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e atividade física.
2. Gestão de pessoas
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Treinar líderes para identificar sinais de desmotivação e sobrecarga.
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Fortalecer o reconhecimento e a valorização dos colaboradores.
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Realizar pesquisas de clima organizacional e agir sobre os resultados.
3. Políticas e processos
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Revisar a política de atestados, garantindo clareza e transparência.
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Estabelecer processos ágeis de comunicação de ausência.
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Monitorar reincidências e oferecer suporte direcionado para casos críticos.
4. Flexibilidade no trabalho
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Oferecer alternativas como home office parcial, horários flexíveis ou banco de horas.
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Avaliar a possibilidade de escalas diferenciadas em setores com maior sobrecarga.
O mais importante é que as ações sejam consistentes e contínuas, evitando soluções pontuais que não resolvem o problema estrutural.
Quando bem estruturada, a estratégia de redução de absenteísmo não só gera economia, mas também fortalece o clima organizacional, aumenta a produtividade e cria um ambiente de trabalho mais saudável.
Em resumo, para reduzir o absenteísmo da sua organização, você precisa atrelar um bom diagnóstico com objetivo, indicadores, metas e planos de ação claros e que de fato trazem impacto na sua realidade.
E neste sentido, a Closecare pode te ajudar! Nossa IA de validação e gestão de documentos pode te auxiliar a monitorar os dados de absenteísmo e compreender melhor como a sua organização pode trazer programas que irão sanar as principais causas das ausências de seus colaboradores.
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